Referência em reabilitação esportiva no interior paulista, o fisioterapeuta Pericles Machado passou uma semana conhecendo as instalações do São Paulo e trocando experiências com seus profissionais da área de preparo e reabilitação física. Após o tour, a certeza de que “a estrutura é uma das melhores do país” e o CT de Cotia é diferenciado.
A visita durou uma semana e ocorreu dias após o fisioterapeuta conhecer o Vitória, comandado pelo colega e paciente Vagner Mancini. Pericles Machado conheceu toda estrutura do Centro de Treinamento da Barra Funda e do Centro de Formação de Atletas Presidente Laudo Natel, inaugurado em 2005, em Cotia.
O espaço de 230 mil m² foi o que mais impressionou o fisioterapeuta de Ribeirão Preto. São oito campos oficiais, sendo um deles com arquibancada, oito vestiários, quatro campos sociais, uma quadra de areia, uma quadra poliesportiva, duas piscinas, centro de reabilitação física próprio e estrutura médica, além da alojamento e refeitório para mais de 100 atletas.
“Cotia põe até mesmo a estrutura de Barra Funda em condições de inferioridade. Seja pelo espaço físico, como pelas dimensões dos campos, departamento de reabilitação, o REFIS é um pouco maior e tem mais equipamentos… Mas não deixa de ser do São Paulo também. Se combinar Barra Funda com Cotia dá pra dizer que é uma das melhores estruturas do Brasil”, disse Pericles Machado.
Além de ter visitado o Vitória, o fisioterapeuta já trabalhou direta e indiretamente em clubes como Botafogo-SP, Comercial-SP, Sertãozinho-SP e Batatais-SP, e conhece a estrutura de equipes como Barcelona-ESP, Paris Saint-Germain-FRA, Roma-ITA e Belenenses-POR. Com 26 anos de experiência na área esportiva, ele garante que as condições são-paulinas são das melhores.
“O São Paulo está com uma estrutura bastante diferenciada. O que muda um pouco, tanto na Europa, como no Brasil, é a parte do luxo. Da mesma forma como Roma e PSG têm toda estrutura, mas não o luxo do Barcelona, o São Paulo tem uma estrutura muito boa, com equipamentos de última geração e ótima manutenção, tendo uma condição de luxo se comparado com outros clubes do Brasil”, explica.
Mas Pericles ressalta outro ponto que precisa de cada vez mais atenção e que coloca o Brasil em condições superiores a países mais ricos e desenvolvidos: material humano. O fisioterapeuta lembra que o futebol já virou um negócio e quase todos os clubes conseguem adquirir equipamentos de alta qualidade, por isso o êxito fica cada vez mais na mão dos profissionais.
“É o que mais ponho em pauta. Nos EUA e na Europa, por exemplo, eles têm mais dinheiro e as melhores estruturas, mas nem sempre possuem a melhor mão de obra, tanto é que no Brasil somos referência em reabilitação esportiva. Isso acontece por causa da qualificação do profissional. Também vejo como extensão desse diferencial a integração das áreas. Quando flui de maneira harmônica, todos somam e passam a ter um valor agregado diferenciado. Isso repercute positivamente dentro de campo”, afirma.
A visita ao São Paulo foi intermediada pelo treinador Dorival Júnior, com quem Pericles Machado trabalhou entre 1999 e 2000, quando o treinador jogava no Botafogo-SP. Além disso, Pericles trabalhou com o fisioterapeuta Paulo Souza, que estagiou em sua clínica, a Physio Athletic, e atualmente está nas categorias de base do São Paulo.
