Você já ouviu sobre CNV?

A comunicação que você tem hoje com seus familiares, amigos, colegas de trabalho, filhos, te afasta ou te aproxima? Você está satisfeito com a mensagem que os outros estão recebendo?

Em um mundo cheio de mal-entendidos, preconceitos, como resolver nossos conflitos com os outros pacificamente? Como criar relacionamentos interpessoais baseados em respeito mútuo, compaixão e cooperação?

Muitas pessoas passam uma vida inteira se comunicando de maneira desconsiderada, apática ou até mesmo violenta, sem que se deem conta disso. Acabam, por consequência, não estabelecendo relações significativas e íntimas e acham que está tudo bem, que é assim mesmo. Muitas vezes, como consequência surgem os ressentimentos, a raiva e a frustração por não se sentir como parte de algo.

A CNV tem o objetivo de resgatar o que há de mais genuíno nas pessoas: suas emoções, valores e a capacidade de se expressarem com honestidade.

Mas o que significa CNV? Simples: Comunicação Não-violenta.

“A não-violência significa permitirmos que venha à tona aquilo que existe de positivo em nós e que sejamos dominados pelo amor, respeito, compreensão, gratidão, compaixão e preocupação com os outros em vez de sermos pelas atitudes egocêntricas, egoístas, gananciosas, odientas, preconceituosas, suspeitosas e agressivas que costumam dominar nosso pensamento. (…) O mundo em que vivemos é aquilo que fazemos dele”  (Arun Gandhi).

Partindo dessa ideia a Comunicação Não-Violenta (CNV) nos apresenta que muitos dos problemas que atravessamos nos relacionamentos pessoais e profissionais poderiam ser resolvidos se tivéssemos a habilidade de criar uma comunicação cheia de empatia. Ela nos guia no processo de reformular a maneira pela qual nos expressamos (expressar-se honestamente) e escutamos os outros (escuta empática) por meio de quatro componentes:

  • O que observamos: por traz de todo comportamento existe uma necessidade. Procure observar e traduzir o seu comportamento e do outro, sem julgamento ou avaliação.
  • O que sentimos: Em seguida se conecte com a necessidade e não seja reativo. Escute para compreender, não para responder. Identifique como se sentiu ao observar aquela situação. Vale ressaltar que reconhecer a necessidade de alguém é diferente de você concordar com essa necessidade.
  • Do que necessitamos: Qual é a sua real necessidade? O que realmente está acontecendo. Seja autentico e reconheça quais necessidades estão ligadas aos sentimentos que identificou.
  • E o que pedimos: tendo consciência dos três componentes acima, expresse, fale o que sentiu diante do ocorrido de maneira honesta. Faça pedidos no positivo, seja claro no que deseja, de alternativas (A e B) e evite frases ambíguas.

Vamos construir relações mais saudáveis, mais sinceras e empáticas? Fica o convite a ouvirmos mais a nós mesmos e aos outros. Comunique-se!

Fonte: Comunicação Não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.
(Marshall B. Rosenberg)

Um abraço.

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