Projeto valoriza o patrimônio cultural por meio de debates e produção de cartazes lambe-lambe
O projeto “Gruda! Arte Pública” tem início no próximo dia 04 de novembro com uma das quatro ações educativas previstas para serem realizadas ainda este mês. A programação pode ser conferida pelo Facebook (https://www.facebook.com/gruda.art.br) e será transmitida ao vivo com a participação de diversos artistas e coletivos de Artes Visuais e Arte Urbana.
“Gruda! Arte Pública” busca a valorização dos patrimônios cultural e natural brasileiros por meio da produção gráfica de cartazes lambe-lambe, com imagens de 10 artistas convidados – com diversidades poéticas, geográficas e de expressões culturais -, relacionando a arte urbana ao patrimônio, conjuntamente à processos educativos.
Idealizado e sob a curadoria da educadora e artista plástica Livia Martucci, a programação se divide em: abordagens e discussões digitais, abertas a todos interessados; e a produção de lambes que será voltada à comunidade da escola EMEF Dercy Célia Seixas Ferrari, no Jardim das Palmeiras, em Ribeirão Preto, com intervenções artísticas em seus muros externos.
O projeto também prevê a produção de material pedagógico para educadores e educandos, distribuídos principalmente aos professores de Artes da Prefeitura de Ribeirão Preto, aos artistas, à equipe e algumas instituições.
“Gruda! Arte Pública” foi selecionado pelo Edital PROAC LAB 51/2020 – Prêmio por Histórico de realização em Artes Visuais e financiado pelo Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Toda a programação é gratuita.
A curadora conta que o projeto foi concebido a partir da experiência com o “Circuito Grude”, que é “um circuito livre de trocas de lambes, via correio, entre coletivos e artistas independentes de diferentes lugares, para realização de colagens em espaços urbanos específicos”. Livia explica que a participação no projeto “trouxe à tona potencialidades de disseminação da arte, com técnicas simples (ou até muito rebuscadas – a depender de cada poética artística) de impressão dos cartazes e de uma rede de produção artística espalhada pelo Brasil (e alguns pontos do mundo), que objetiva ocupar espaços com arte coletiva. A inspiração é essa!”.
Ações Educativas – Quatro ações educativas acontecem esse mês por meio do Facebook do projeto: “Arte Urbana e Processos Educativos” (dia 04), “Meios e fins das Artes Visuais na cidade” (dia 11), “Arte Pública e Paisagem Cultural” (dia 18) e “Circuitos e redes culturais com/para/de arte urbana” (dia 25). Todas as atividades serão ao vivo e com início às 19h30, sem necessidade de inscrição prévia.
Diversos convidados integram o time de participantes das atividades a fim de enriquecer o debate. “As atividades irão abordar e mostrar a diversidade de poéticas, de geografias e de expressões culturais, assim como contextualizar a arte urbana, a arte pública, a paisagem cultural por meio de processos educativos em Artes Visuais”, explica a curadora.
A primeira atividade – “Arte Urbana e Processos Educativos” – contará com a participação de: Kennedy Piau Ferreira (Projeto Ruar: Ciclo de Estudos Introdutórios às Artes de Rua e ao Artivismo) e Laboratório Labirinto (Cartilha Lambe-lambe como dispositivo pedagógico) e Atalie Alves (Laboratório das Artes).
De acordo com Lívia, “as intervenções artísticas urbanas interagem com a paisagem cultural de seus territórios e comunidades a partir de propostas de reflexões sobre as percepções que temos dos espaços nos quais nos locomovemos, hoje, principalmente, pelos centros urbanos”. Ela conta que a proposta desta discussão surge a partir da ocupação artística dos muros de uma escola de ensino fundamental pública e da pesquisa sobre como esta ação reverbera na comunidade escolar, no seu entorno, no sistema educacional e no campo da arte urbana.
As demais atividades terão, entre seus convidados: Xilomóvel, João Agreli, Fernanda Magalhães e Liz Under, em “Meios e fins das Artes Visuais na cidade”; Jessica Tardivo (Paisagem Cultural) e Lucia Padilha (Recife Arte Pública), em “Arte Pública e Paisagem Cultural”; e Guga Carvalho e Luana Minari (Circuito Grude), Bruna Alcantara (Lambes Brasil), Moara Tupinambá e Coletivo Madeirista, em “Circuitos e redes culturais com/para/de arte urbana”.
Livia aponta que o projeto também envolve a pesquisa de “palavras geradoras”. “Este é um processo proposto por Paulo Freire a partir do levantamento do universo vocabular dos alunos e da comunidade, pensando especificamente no material pedagógico. As palavras foram escolhidas individualmente para cada artista como geradora do trabalho (ou a partir da poética de cada artista) e trabalhadas nos itinerários para amplificação de conteúdo, além das Artes.”
“Gruda! Arte Pública” – programação gratuita voltada às Artes Visuais
Local: Facebook (https://www.facebook.com/gruda.art.br)
Horário:19h30
Programação:
04/11 – “Arte Urbana e Processos Educativos”
11/11 – “Meios e fins das Artes Visuais na cidade”
18/11 – “Arte Pública e Paisagem Cultural”
25/11 – “Circuitos e redes culturais com/para/de arte urbana”
Grátis
Contato:
Livia Dotto Martucci – 16 981425588 – liviamartucci@gmail.com
