10 dicas para evitar problemas na hora de reformar

Antes e depois de reforma com projeto ArkDek | Foto: arquivo ArkDek

“Só vou fazer algumas mudanças, quebrar uma parede e trocar a decoração”, uma frase típica de quem costuma reformar sem ajuda profissional. Às vezes, o que parece simples pode causar surpresas indesejadas e virar uma dor de cabeça por falta de planejamento e conhecimento técnico.

Mas não é só comprar móveis, material e contratar pedreiro? Nem sempre. Qualquer reforma precisa de planejamento, orçamento, cronograma, distribuição de espaço, material adequado e detalhes técnicos como pontos de hidráulica, elétrica e a harmonização da decoração.

É comum pensarem que a contratação de um profissional é cara, porém, não são levadas em consideração as economias que ele pode trazer: redução de tempo e custo da obra, além de evitar aborrecimentos e frustrações com o resultado. O projeto arquitetônico funciona como um “manual de instruções”. Nele, consta o passo a passo, que vai desde a quantidade e tipo de material, passando pelas paredes a serem demolidas, tipos de forro, iluminação, pisos, altura de bancadas, até a sugestão de design de móveis e objetos de decoração.

“Às vezes, não é preciso fazer tantas alterações quanto a pessoa acha necessário para deixar a casa mais bonita e funcional. Com a visão técnica é mais fácil avaliar o que é melhor para o morador dentro do que ele pode investir”, diz Ivan Cassola, arquiteto e sócio da ArkDek, plataforma on-line de projetos de interiores. O RibeirãoSul já falou sobre a novidade, veja aqui. São muitos os problemas que podem acontecer durante a reforma de quem se aventura a fazê-la sozinho. Ivan listou os 10 erros mais comuns:

1 – Uso inadequado de materiais como, por exemplo, revestimento de madeira sem tratamento necessário para áreas úmidas ou piso escorregadio em áreas externas.

2 – Erro no cálculo da quantidade de material. Dependendo do produto há perda de 10 a 15%. Na falta de algum material cerâmico ou porcelanato, o restante pode vir de um lote diferente, o que pode apresentar diferenças na tonalidade e no tamanho das peças.

3 – Esquecer de pontos de hidráulica e de elétrica para algum eletrodoméstico, o que pode inviabilizar a instalação do equipamento ou precisar quebrar parede para corrigir o problema.

4 – Falta ou excesso de iluminação no ambiente. Usar luz branca em locais que pedem iluminação mais quente ou utilizar lâmpadas quentes, como as dicroicas, sobre sofás e poltronas, bem a cima da cabeça das pessoas, causando desconforto.

5 – Mobiliário desproporcional ao ambiente como, por exemplo, sofá muito grande para a sala ou cama muito grande para o quarto, deixando a circulação prejudicada.

6 – Tipo de torneira e a altura de instalação. Torneiras devem ser escolhidas de acordo com a cuba. Por exemplo, cubas de apoio pedem torneiras de bancada com bica alta ou torneiras de parede.

7 – Bancadas instaladas na altura errada (muito baixas ou altas). Além de interferir na quantidade de revestimento instalado acima da bancada, pode acarretar desconforto para quem usa.

8 – Início e sentido da paginação de revestimentos. O produto que custou caro deveria ser instalado na vertical, mas foi instalado na horizontal, causando perda de dinheiro pelo material que precisará ser comprado de novo e pelo retrabalho da instalação. A paginação do piso busca o melhor aproveitamento do material, minimizando recortes e perda.

9 – Erros de combinação e composição dos materiais usados. Neste caso, entra a harmonização do ambiente e seus componentes. Por exemplo, o revestimento da parede combina com a estampa do sofá e a cortina?

10 – Instalação de forro onde o pé-direito já é baixo. Deve-se ficar atento, pois não é aconselhável instalar forro abaixo de uma viga que possui 2,10m de altura.