Nivaldo Oliveira Photografia

“É possível ter um jardim sem terra e plantas no chão”, afirma o engenheiro agrônomo e paisagista Alexandre Tazinaffo. A solução é o jardim de vasos, ótima opção para quem não quer terra em casa ou tem pouco espaço. Também é indicado para pessoas que não têm disponibilidade para cuidar de um grande jardim ou moram em imóvel alugado.

Os jardins de vasos são práticos e substituem um jardim tradicional. A mobilidade dos vasos permite que o jardim seja cultivado em ambientes externos e internos, como sacadas, varandas, decks, pátios e terraços. Outra vantagem é que ele pode ser trocado de lugar conforme a estação do ano e posicionado estrategicamente em locais com maior iluminação. 

Qualquer planta pode ser cultivada em vasos, mas é preciso ficar atento ao tamanho mínimo para cada espécie. A indicação é que o vaso tenha 1/3 do tamanho da planta. “É importante ter bom senso e avaliar a proporção do tamanho da planta com o vaso. Um vaso muito pequeno com uma planta muito alta ou muito cheia ficará desproporcional”, argumenta o engenheiro agrônomo. Dentre as espécies mais cultivadas estão as plantas frutíferas, a íris azul, a helicônia e a dracena, conhecida também como pau d’água.

Existem vasos feitos de diversos materiais e cores. Os mais comuns são os vasos de barro, plástico, madeira, cerâmica, cimento, fibra de coco e de vidro. Na hora da compra é recomendado escolher os modelos que já possuam furos de drenagem e, de preferência, com cores claras, já que as cores escuras tendem a aquecer muito sob o sol.

O jardim em vaso não necessita de muitos cuidados, apenas a rega e a poda das folhas. Mas para que a planta cresça saudável é preciso fazer manutenção a cada três anos, preferencialmente por um especialista. “Com o passar do tempo a raiz da planta se entrelaça dentro do vaso, limitando o crescimento. A manutenção consiste na retirada da planta do vaso para o corte lateral e da parte debaixo da raiz e a renovação da adubação, que pode ser feita tanto com adubos naturais quanto químicos. Feita a adubação, a planta recebe o alimento e volta a crescer” destaca Tazinaffo