Lembrancinhas de viagem: o que vale e não vale a pena comprar em outro país

Não são só os valores das compras na hora da viagem que contam, ao voltar para o Brasil você precisa cumprir algumas regras

Muita gente viaja mesmo só pelo prazer de conhecer um novo lugar, uma nova cultura, e a gastronomia única de cada lugar. Mas, vamos combinar, quem não pensa numas comprinhas quando começa a planejar uma viagem não pode estar falando sério.

Uma das melhores coisas de viajar para o exterior é, inclusive, poder encontrar itens que são muito mais baratos fora do Brasil. Mas, nem tudo são flores, e apesar de ser uma das melhores coisas da viagem, este detalhe também pode virar uma dor de cabeça na hora de voltar para casa.

É preciso ficar atento para esse tal de barato não sair caro demais para você e a sua família. Há um limite de compras no exterior, isso quer dizer que quem volta ao Brasil depois de uma viagem tem uma quantia de US$ 500 em produtos para ficar livre de pagar impostos na Receita Federal.

Mas, calma, existe uma lista de produtos que são considerados bens de uso pessoal, ou seja, não entram nesse valor, são eles: perfumes, óculos, roupas, calçados, relógio de pulso e produtos de beleza. Apesar de serem liberados, é preciso ter cuidado.

Se você trouxer na mala muitos itens do mesmo tipo, mesmo que sejam alguns desses citados anteriormente, a Receita Federal pode presumir que eles não são de uso pessoal, e você poderá ser taxado mesmo assim.

No caso das lembrancinhas, é importante saber também que está liberado trazer até 20 objetos com valor inferior a US$ 10, mas a mala não pode ter mais do que 10 exemplares idênticos. Caso as compras ultrapassem o valor limite, você pagará uma taxa de 50% sobre o valor excedido.

Agora que você já está por dentro das regras, vamos conferir o que continua valendo a pena e o que é melhor deixar bem longe da sua mala na volta ao Brasil?

1 – Smartphone e câmera fotográfica

Esses itens, quando são para uso pessoal, não entram no limite dos US$ 500 dólares. Por isso é possível dizer que ainda continua valendo a pena aproveitar os preços mais em conta no exterior e renovar esse tipo de eletrônico, seja para você mesmo ou como presente para alguém.

Só um cuidado em relação a isso, e uma dica: tenha as notas fiscais dessas compras sempre em mãos, assim você pode evitar qualquer tipo de mal entendido com a Receita Federal na hora da volta.

2 – Eletrônicos

Ficou morrendo de vontade de comprar um notebook, aquela filmadora, um tablet novo, um videogame para aquele primo que te pede por esse mimo todo dia, instrumentos musicais para aquele amigo de banda?

É bom que você fique sabendo que todos esses itens entram na cota de US$ 500 dólares. O que isso quer dizer? Que na hora de trazer algum desses itens para alguém, você pode comprometer algo seu dentro daquela cota.

Como, geralmente, são itens de valores altos, você pode estourá-la muito fácil. Ainda assim, se for trazer, para alguém ou para você, faça bem o seu planejamento. Com a sua atenção voltada para isso, tudo vai dar certo!

3 – Roupas e Calçados

Se você viajou para refazer o guarda-roupas, comprar aquele enxoval de bebê, saiba que apesar de serem itens que não entrariam inicialmente na cota de limites, se o volume for muito grande, você poderá ser taxado. Mesmo que os itens não sejam iguais, como citamos anteriormente.

Por mais que fique claro para você que aquele montante de roupas e calçados são de uso pessoal, o melhor é não deixar isso à mercê da interpretação da Receita Federal. A dica aqui, no caso, é não exagerar na hora de trazer esse tipo de presente.

4 – Escolha produtos Tax Free

O Tax Free é o reembolso para não cidadão do imposto conhecido como VAT (Value added tax). No Brasil ele equivale ao IPI, ICMS e ISS. O valor do imposto varia de um País para o outro, assim como as regras sobre tê-lo ou não.

Na prática, é assim que funciona: ao comprar um produto, o turista tem o direito de receber de volta parte do valor pago em impostos. Na hora da compra, ele só precisa apresentar o seu passaporte e solicitar o formulário do Tax Free.

Alguns estabelecimentos já mostram de cara um selo participante da prática em vitrines, outras não. É só se informar sobre o assunto, já que nem toda compra dá direito a ele. Algumas lojas têm um limite mínimo de gastos para que o processo seja válido, assim como uma seleção de produtos.

5 – Free Shop na volta ao Brasil

As compras feitas no Free Shop do Brasil, ou seja, que você faz quando desembarca no país, não entram nesse limite das compras no exterior. Agora, fique atento ao detalhe: só se a compra for feita no desembarque do Brasil.

As compras feitas nesse tipo de loja fora ou até na hora do embarque, os valores desses itens entram inevitavelmente na cota de compras. Além disso, considere realmente comprar na volta ao Brasil, assim a sua mala não fica cheia logo no início da viagem.

Em lojas como o Duty Free, é possível encontrar de tudo um pouco, desde perfumes a produtos de beleza e até bebidas, como vinhos, whiskys e vodkas. Muita gente aguarda ansioso este momento de volta ao Brasil para poder reabastecer os bares de casa e muito mais.