Sincovarp vê evolução no comércio em 2017

Apesar das baixas registradas ao longo dos anos, pesquisa anual com lojistas de Ribeirão Preto classificou o ano como positivo

Comércio varejista (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Comércio varejista (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Depois de vários meses com quedas seguidas nas vendas, por causa da crise financeira que aterrorizou o Brasil, o ano de 2017 finalmente foi de evolução no comércio. Pelo menos de acordo com a pesquisa Movimento do Comércio, feita anualmente pelo Sincovarp (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região).

O começo de 2017 foi parecido com o de 2016, com algumas estatísticas negativas. Mas no segundo semestre a situação mudou e melhoras foram registradas em três meses. O melhor deles foi agosto, que teve alta de 1,13% nas vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Separando por setores, os melhores resultados foram obtidos pelo vestuário (alta de 2,07%) e calçados (1,22%). O economista do sindicato, Marcelo Bosi Rodrigues, ressalta que essas duas áreas são as mais representativas para o comércio, por isso os números positivos devem ser enaltecidos.

“Eles detêm o maior número de estabelecimentos, esse fato contribuiu para que a média geral não fosse mais acentuada. Outro setor que chama a atenção é o de Eletrodomésticos. Apesar da queda de 0,48%, foi identificada uma boa recuperação no final do ano, ficando muito próximo do positivo e esboçando tendência de crescimento para 2018”, acrescenta.

Na análise anual sobre geração de empregos o ano terminou com baixa de 0,28%, mas o economista lembra que no segundo semestre de 2017 o número de contratações subiu, mesmo sem contar as tradicionais vagas temporárias para o período de Natal.

“Esse resultado aponta uma manutenção dos quadros funcionais por parte das empresas. Esse foi um ano de incertezas e as empresas já começaram o período com seus quadros reduzidos, portanto as variações foram mais no sentido de uma rotatividade normal do segmento”, explica.

Rodrigues acrescenta que 2017 não foi o ano dos sonhos de nenhum comerciante ou empresário, mas a evolução no comércio não pode ser ignorada e deve servir de ânimo para 2018. Ele ainda lembra que a melhora econômica está ocorrendo, porém ela é lenta.

“Com muitas pessoas desempregadas e sem renda, não há espaço para um crescimento acelerado”, explica. “Isso poderá ser agilizado com a eleição presidencial, mas ninguém que venha a assumir o país estará isento de realizar as reformas que estão em pauta desde a extinção da hiperinflação. É preciso seguir em frente e melhorar o ambiente empresarial para que haja a retomada dos investimentos e também dos empregos”, finaliza.

Bronze Jeans Coleção