Entrevista: Pacheco diz que primeiro ano do Vôlei Ribeirão foi “maravilhoso”

Experiente técnico conversou com o Ribeirão Sul, celebrou a estrutura e as conquistas do time recém-criado e se mostrou otimista para a disputa da Superliga B

Marcos Pacheco dando treino (Foto: FL Piton/Prefeitura de Ribeirão Preto)
Marcos Pacheco dando treino (Foto: FL Piton/Prefeitura de Ribeirão Preto)

O ano de 2017 está chegando ao fim. No esporte ele trouxe uma grande mudança para Ribeirão Preto: o retorno de um time de vôlei. A cidade que por alguns anos vibrou com o basquete do COC estava órfão de outras equipes e de modalidades menos fanáticas e até mesmo violentas que o futebol.

Mas um projeto do ponteiro medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016, Lipe Fonteles, mudou essa realidade. Surgiu o Vôlei Ribeirão, um projeto que começou do zero, mas já com um treinador renomado: Marcos Pacheco, sete vezes campeão da Superliga – quatro como assistente e três como treinador.

Em entrevista ao Ribeirão Sul ele fez um balanço dos primeiros meses à frente do Vôlei Ribeirão. Ressaltou a estrutura, celebrou as conquistas, elogiou os reforços que chegaram após a má campanha no Campeonato Paulista e se mostrou otimista para a Superliga B.

A estrutura

Tem algumas realidades que nós temos que trabalhar. Primeiro que nós temos um bom investimento para a Superliga B. Nosso time é muito bem estruturado, temos todas as condições, temos material. Nosso time é compatível com o investimento que nós temos, é dentro da realidade e isso é importante.

O elenco
Jogadores do Vôlei Ribeirão comemorando vitória (Foto: FL Piton/Prefeitura de Ribeirão Preto)
Jogadores do Vôlei Ribeirão comemorando vitória (Foto: FL Piton/Prefeitura de Ribeirão Preto)

Depois do estadual nós fizemos uma avaliação. Nós fomos muito mal. Eram nove equipes, classificavam sete e nós ficamos fora. Sentamos, avaliamos e sentimos a necessidade que viesse outros jogadores. Fomos ao mercado e dentro da realidade buscamos três jogadores.

Disputa e união

Eles foram salvadores da pátria? Não, também não é assim. Eles desencadearam um processo muito legal dentro do time. A rivalidade, a vontade de cada um de participar do jogo tem uma disputa mais acirrada. Todo mundo tem um propósito único, que é classificar o time para a Superliga A, mas cada um também tem seus objetivos individuais, que é jogar, participar. Ninguém quer ficar no banco. E a vinda desses três jogadores desencadeou muito bem esse processo, foi muito bom para o time.

História resgatada

Foi um ano maravilhoso. Uma equipe que saiu do zero. Ribeirão Preto tinha uma história lá atrás. Uma história maravilhosa, mas que estava adormecida. Nós construímos um time. Houve um apoio maciço da comunidade, de todos que apoiaram, ajudaram. Mesmo o time não indo muito bem no Paulista.

Objetivo principal

Desde a montagem do time era muito claro o principal objetivo dessa equipe, e tinha um caminho a ser percorrido. O estadual não foi bom, mas o grande objetivo era a Taça Prata. Avaliamos, montamos, reestruturamos, redirecionamos e conquistamos o título lá. Conquistamos a vaga. Então dentro do planejamento feito, dentro daquilo que era a principal meta, foi um ano maravilhoso.

Cava do Bosque (Foto: Divulgação)
Cava do Bosque (Foto: Divulgação)
Próxima temporada

Hoje o adversário chega aqui [na Cava do Bosque] e sabe o que vai enfrentar. Um time competitivo, aguerrido, tecnicamente estruturado e uma torcida que vai apoiar o time até a morte. Isso é uma coisa muito bacana e que nós construímos em pouco tempo.

O Vôlei Ribeirão volta a fazer uma partida oficial no dia 20 de janeiro, quando enfrenta o UPIS, em Brasília, na estreia pela Superliga B. O primeiro jogo em casa será dia 27 (sábado), contra o Montecristo-GO. A competição tem oito times e os dois melhores sobem para a Superliga A.