Nadadores de Ribeirão Preto encaram maratona aquática noturna

Equipe n1/Moura Lacerda participou de competição noturna em represa na cidade de Avaré

Maratonas aquáticas em águas abertas, como lagos, represas e mar, são competições que mexem com a adrenalina dos nadadores. Por não saberem que tipo de ambiente vão encontrar nas águas abertas, sempre há receios, preocupações e até medo, principalmente para os mais inexperientes. Agora, maratonas aquática em águas abertas à noite é para poucos. Esse cenário foi enfrentado no último sábado (10) por cinco nadadores da equipe N1/Moura Lacerda, em Avaré, no Circuito Acqua Night, com provas de 1km e 2 km.

“Nadar à noite foi uma experiência incrível e totalmente desafiadora. Um desafio pessoal. Uma prova totalmente psicológica”, disse o treinador Felipe Dalaio. “Tivemos um pouco de correnteza em uma das pernas do circuito e deu aquela emoção de sempre que temos em provas em águas abertas”, concluiu. Felipe foi o 5º colocado geral nos 2km.

O nadador da equipe N1/Moura Lacerda Ricardo Tozzi foi o 4º geral na prova de 2km. “Foi uma experiência diferente. A maior preocupação era com a navegação durante a prova, ou seja, conseguir enxergar as boias. Devido a escuridão, você nada o tempo todo sozinho, sem conseguir ver ou acompanhar alguém. O principal trabalho foi psicológico e não a distância”, disse Ricardo. “O lugar da prova era bem bacana e a represa muito limpa. A organização pode melhorar a sinalização das boias do circuito, senti um pouco de dificuldade neste item. Mas de maneira geral foi muito bacana e ano que vem estarei de volta”, completa.

A nadadora Giselle Vonsonni também ficou em 4ª lugar geral na prova de 1km. “Nadar em águas abertas e um desafio à própria sobrevivência. Você tem que conhecer seus recursos e saber que vai precisar usá-los com técnica e concentração. A prova noturna me trouxe uma sensação de solidão, então a certeza de saber que conseguiria me permitiu curtir plenamente aqueles momentos indescritíveis”, afirma Gisele.

A equipe foi completada ainda por Anderson Padilha e Marcelo Chierici Lopes que concluíram muito bem a prova de 2km. “Foi uma sensação única. No início muita ansiedade e a adrenalina bateu lá em cima. Aquela escuridão total, a represa mexida. Aos poucos fui encaixando meu nado e após a primeira volta (1km) comecei a curtir a prova. A ansiedade foi se transformando em sensação de liberdade. A chegada foi o êxtase e encontrar os amigos, todos estavam me esperando (risos), foi demais”, comemorou Marcelo. “Deu um pouco de medo porque a travessia passava perto de uma ponte. Mas ao mesmo tempo foi uma sensação de liberdade muito grande. Foi emocionante. Agora que deu medo em todo mundo deu (risos)”, brinca Anderson. “Foi ótimo e vamos em um mês e meio participar de outra”, completa o nadador.