Está mais que provado que exercício físico faz bem não apenas para o físico, mas também para a mente. Se essa atividade for uma dança, melhor ainda: com seu poder de encantar quem pratica e quem assiste. É um movimento que contagia e atrai pessoas de todas as idades para os mais diferentes estilos.

O ballet é considerado uma das danças mais completas para quem deseja fazer atividade física intensa e ao mesmo tempo prazerosa, além de oferecer inúmeros benefícios. “Quem pratica ballet também trabalha suas emoções e a autoestima. Em cada movimento a pessoa vai se conhecendo melhor. Já para o físico há uma grande melhora na postura, coordenação, respiração, equilíbrio e desenvoltura”, afirma a bailarina Carla Petroni, fundadora do studium que leva seu nome.

E se é uma atividade tão completa ela também pode ser praticada pelos idosos, desde que haja o acompanhamento de um profissional e o limite de cada um seja respeitado. É o que faz a médica especialista em Anatomia Patológica, Margarida Maria Fernandes da Silva Moraes, de 77 anos.

Depois de ser diagnosticada com câncer duas vezes, na mama e no intestino, Margarida que acreditou que fosse morrer em 3 meses no primeiro diagnóstico da doença, agora é pura vida e alegria.

Há dois anos resolveu seguir a orientação de uma médica e começou a fazer ballet no Studium Carla Petroni, depois de mais de 60 anos sem dançar. “O médico que cuidou da minha mama quando tive câncer disse que os tumores não gostam de coisas alegres e que eu tinha que buscar alegria na minha vida. Busquei o ballet que me deixou mais disposta, mais animada. Fisicamente a barriga melhora, a cintura afina e ficamos mais elegantes”, comemora Margarida que desde que começou a dançar ballet não tem mais crises de arritmia no coração.

Em relação às limitações e restrições, o professor tem sempre que avaliar o aluno e trabalhar respeitando os limites de cada um. “O ballet para o idoso ajuda no fortalecimento da musculatura, do equilíbrio e melhora muito a autoestima”, destaca Carla Petroni.

A bailarina explica ainda que as aulas são divididas por idade e técnica, iniciante, intermediário e avançado. Os idosos ficam com a turma de iniciantes. “Nunca é tarde para começar a dançar. A dança é tão mágica que torna tudo possível”, finaliza Carla Petroni.