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O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, avançou 1,4% em agosto deste ano na comparação com julho, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com dados apurados pela Boa Vista. Segundo o economista da ACIRP – Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, Gabriel Couto, a tendência para os próximos meses é de manutenção deste comportamento.

“A liberação dos saques do FGTS pode ter impacto positivo no comércio, porém limitado, uma vez que parte dos recursos deve ser destinada para o pagamento de dívidas ou poupada”, diz Couto.

Ainda segundo o economista, o indicador da Boa Vista mostra que, nos últimos meses, houve estabilização do crescimento das vendas em patamar modesto, pouco acima de 1% na comparação com o ano anterior. “O mercado de trabalho segue se recuperando em ritmo lento, com um contingente de desempregados ainda elevado, e a economia deve manter o baixo crescimento. Ainda assim, não deve haver piora no indicador de vendas”.

A alta de 1,4% das vendas no varejo se deu após a queda de 0,7% em julho – sendo o segundo avanço mensal do ano. Na comparação com agosto de 2018, houve crescimento de 1,2%, enquanto, no acumulado em 12 meses, o indicador registrou ligeira aceleração e subiu 1,3%.

Setores
Na análise mensal, nota-se crescimento em todos os segmentos analisados. O segmento de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou alta de 1,9%, descontados os efeitos sazonais. Nos dados sem ajuste sazonal, o acumulado em 12 meses voltou para o terreno positivo (+0,3%).

A atividade de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” registrou crescimento de 1,3% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 1,1%.

Já a categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 1,1% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados em 12 meses houve alta de 3,6%.

Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” apresentou crescimento de 0,4% em agosto considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 0,8%.

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