Há 20 anos, todos os carros vendidos no Brasil – nacionais ou importados – têm um item obrigatório que vai muito além do cinto de segurança (e do ar-condicionado que deveria ser de série em Ribeirão Preto): o catalisador. A peça faz parte do kit de liberação de gases – o escapamento – e normalmente só é lembrando quando está solto, causando muito barulho.
De acordo com um dos maiores fornecedores da peça no Brasil, o componente converte 98% dos gases tóxicos provenientes da combustão em substâncias inofensivas. Normalmente, o catalisador tem vida útil igual ao do veículo onde está instalado. Porém, alguns cuidados com a situação geral do carro influenciam diretamente na sua eficiência.
“É um item que sofre com o desgaste excessivo de peças do sistema elétrico, de ignição e de injeção, por exemplo”, explica Cláudio Furlan, gerente da Umicore, principal fabricante de catalisadores automotivos do país.
O carro vai rodar melhor e com menor impacto ao meio ambiente se a manutenção do carro estiver em dia. Veja abaixo os itens que influenciam no bom funcionamento do catalisador:
– Velas, cabos e bobinas de ignição, além de sensores de rotação, polia, chicotes elétricos e conectores com problemas permitem a passagem de combustível não queimado até escapamento, causando o derretimento do catalisador.
– O alarme corta-corrente, se acionado com o motor quente, vai obstruir a faísca durante a injeção de combustível, causando também o derretimento do componente.
– Defeitos em bicos injetores, bomba de combustível, reguladores de pressão e sensores, que têm a função de prover a quantidade correta de combustível a ser queimado pelo motor, podem causar uma mistura inadequada, fazendo com que o catalisador não trabalhe corretamente.
– A falta de combustível pode causar a oxidação dos metais preciosos presentes no catalisador, assim como o excesso do mesmo prejudica a camada catalítica da peça.
– Filtros de ar entupidos e juntas do escapamento desgastadas também prejudicam o funcionamento: no primeiro caso, pode ocorrer uma alteração da mistura ar/combustível, enquanto a segunda situação permite a entrada de ar no escapamento, que também causa oxidação dos metais preciosos.
– Fluídos e aditivos não especificados pelo fabricante também podem colocar o sistema em risco.
