Ribeirão Preto adere ao programa Cidades do Pacto Global da ONU

A administração municipal se comprometeu em implantar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU

Foto: FL Piton

Na tarde desta quarta-feira, dia 2 de maio, durante a realização da 25ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), a prefeitura municipal de Ribeirão Preto assinou sua adesão ao programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para implantar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), se comprometendo a fazer parte das Cidades do Pacto Global.

Participaram da solenidade o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, o secretário municipal de Meio Ambiente, Otavio Okano, a representante da ONU, Patrícia Iglecias, a primeira-dama, Samanta Duarte Nogueira, e o prefeito da USP de Ribeirão Preto, Dr. Américo Sakamoto.

Foto: FL Piton

O convite para a cidade fazer parte do projeto surgiu após Patrícia Iglecias assistir à palestra do projeto CataSonho, desenvolvido pelo Fundo Social de Solidariedade de Ribeirão Preto desde 2017. O projeto, apresentado durante a 4ª Conferência em Pesquisa para a Educação Executiva Responsável, chamou a atenção da representante da ONU que se interessou em replicar o modelo pelo mundo e, na oportunidade, também convidou o município a fazer parte das Cidades do Pacto Global.

Nogueira ressaltou que Ribeirão Preto, bem como o Estado de São Paulo, mostra como está sintonizado o desenvolvimento, produção, geração de emprego e renda com sustentabilidade. “Os 20 primeiros catadores selecionados serão a vitrine deste projeto, não só para Ribeirão Preto, mas como integrantes da cidade líder da ONU para apresentar ao mundo que é possível fazer as coisas com dignidade e inteligência, sem sacrifícios humanos das atividades atenuantes”, afirmou o prefeito.

Foto: FL Piton

“Ficamos felizes pelo CataSonho fazer parte de um projeto mundial da ONU. Cedemos o terreno de 2,4 hectares para ser sua base física e que vai transformar nossos antigos catadores em agentes do desenvolvimento social. Eles irão ajudar na sustentabilidade da cidade, recolhendo os resíduos, separando e fazendo a venda desses materiais, que irá gerar renda para dezenas de famílias”, disse Alckmin.

A representante da ONU destacou que Ribeirão Preto será um município com possibilidade de ser líder, com a implantação do programa CataSonho, entre outras cidades do mundo. “O Estado de São Paulo é uma referência [no trabalho de desenvolvimento social e preservação do meio ambiente] e nós temos que reconhecer isso. Se cada um de nós realizar sua parte, com certeza nós vamos avançar na implantação dos 17 ODS”, explicou Patrícia.

“Eu acredito que se nós juntarmos a universidade, a política pública, os governos e a iniciativa privada com quem realiza, nós podemos fazer diferente. Estou muito feliz de ter esse sonho realizado, de poder ajudar quem mais precisa”, destacou Samanta.

Foto: FL Piton

Sobre o CataSonho
O projeto nasceu ao analisar os problemas enfrentados pela administração municipal, levantados no início da gestão em 2017. Havia uma ausência de legislação municipal regulamentando a responsabilidade de grandes geradores de resíduos, além da dificuldade em controlar as medições, coleta seletiva e uma educação ambiental precária, além da ausência de Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos.

Foi então que, por meio de reuniões entre a USP e o Fundo Social de Solidariedade, nasceu o projeto CataSonho, que pretende gerar um impacto na política pública ambiental de Ribeirão Preto, com a redução da quantidade de resíduos recicláveis descartados e aumentar a taxa de coleta seletiva da cidade, que está hoje em 0,79%.

Esse trabalho vai permitir diminuir as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, do gasto com a destinação final dos resíduos, aumentar a geração de renda dos catadores e da arrecadação de tributos, ser um programa para inclusão social e de benefícios sociais para população desatendida.

Foto: FL Piton

Sobre os 17 objetivos da ODS
São uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015. É composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidas até 2030.

Nesta agenda estão previstas ações mundiais nas áreas de erradicação da pobreza, segurança alimentar, agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura, industrialização, entre outros.

Os ODS foram construídos em um processo de negociação mundial, que teve início em 2013 e contou com a participação do Brasil em suas discussões e definições a respeito desta agenda. O país tendo se posicionado de forma firme em favor de contemplar a erradicação da pobreza como prioridade entre as iniciativas voltadas ao desenvolvimento sustentável.

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