A Secretaria Municipal do Meio Ambiente está trabalhando na elaboração de um plano para conter a degradação da natureza que impacta negativamente nas mudanças climáticas, com visão voltada totalmente para a cidade, com bases sustentáveis, considerando o conjunto urbano e ambiental, em busca da qualidade de vida para seus cidadãos.

O plano está em elaboração e seu objetivo é oferecer uma trajetória de ações para a neutralização de Gases do Efeito Estufa em curto, médio e longo prazo. Segundo dados do SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados), Ribeirão Preto destaca-se como uma das cidades mais ricas e melhor qualidade de vida no Brasil. Em 2019, a renda média do trabalhador ribeirão-pretano foi de R$ 2.744,00, ranqueado em 21⁰ lugar entres cidades mais ricas do país e a 10⁰ mais rica do estado de São Paulo.

“Nosso município desfruta de excelentes indicadores sociais, de uma oferta ampla e qualificada de bens e serviços do setor terciário, assim como possui infraestrutura em setores estratégicos para gestão de políticas públicas, como transportes, comunicação e saneamento básico, sendo de extrema importância desenvolvermos estratégias para suavizar os impactos promovidos pelas mudanças do clima, se adequar aos efeitos irreversíveis e promover a resiliência a nossa cidade”, ressalta a secretária da pasta, Catherine D’Andrea.

A partir da finalização do Plano de Ação, às Mudanças Climáticas de Ribeirão Preto pretende-se desenvolver estratégias de baixo carbono para a cidade, com a formulação de diretrizes, objetivos, metas e ações que conduzam a cidade a um desenvolvimento de baixo carbono, visando reduzir as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) e promover suas remoções por sumidouros, identificar as vulnerabilidades e oportunidades da cidade.

A meta é oferecer ao município uma trajetória de ações para a neutralização de GEE em curto, médio e longo prazos, traduzindo o empenho do município de Ribeirão Preto em implementar ações transformadoras até 2050.

Sobre o plano de Mudanças Climáticas

As Mudanças Climáticas são um dos principais e mais complexos desafios do século XXI. Ao intensificar eventos extremos e cada vez mais frequentes, essas mudanças no clima global podem ser sentidas pelas ondas de calor e altos índices de temperatura, na intensidade e frequência das chuvas, com a ocorrência de enchentes ou escassez hídrica, na qualidade do ar, perda de biodiversidade, impactos nas culturas agrícolas, proliferação de doenças  transmitidas por vetores e outras  variedades  de  consequências  que  afetarão  diretamente  o dia a dia dos seres humanos e as atuais relações políticas e econômicas, impactando diretamente na qualidade de vida das populações.

Com o objetivo de fornecer aos formuladores de políticas, avaliações científicas regulares sobre a mudança do clima, suas implicações e possíveis riscos futuros, bem como para propor opções de adaptação e mitigação, surge o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC), criado em 1988 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente) e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), possuindo 195 países membros, entre eles o Brasil.

Em 2015, com a 21ª Conferência das Partes (COP21) em Paris, firmou-se um acordo para envolver países do mundo em um esforço para reduzir as emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento. Cerca de 100 cientistas analisaram como o mundo pode cumprir a meta de 1,5˚C acima dos níveis pré-industriais e as vias de emissão global de gases de efeito estufa relacionadas, assim como os impactos associados ao aumento na temperatura, no contexto de fortalecer a resposta global à ameaça de mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e esforços para erradicar a pobreza.

O Acordo de Paris buscou estabelecer um objetivo global, por meio de metas para a redução de emissões de GEE, com a intenção de limitar o aumento da temperatura média global em até 2ºC, com uma meta ambiciosa de 1,5ºC até o final do século XXI (UN – FCCC, 2015).

Com as diversas discussões e acordos internacionais e com a preocupação nacional com às questões ambientais, neste caso, com as alterações climáticas, em 2009 o Brasil instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima, dada pela Lei 12.187, estabelecendo princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos para mitigação e adaptação às mudanças do clima, indicando a necessidade de criação de planos setoriais de mitigação e adaptação às mudanças do clima nos âmbitos local, regional e nacional (BRASIL, 2009).

O Acordo de Paris foi ratificado no Brasil em setembro de 2016 ao se comprometer com uma série de metas – as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) – focadas nos setores responsáveis pela maior parte das emissões, além de duas metas gerais de redução: a) A redução de 37% das emissões até 2025 em comparação ao ano base de 2005; e b) A redução de 43% das emissões até 2030 (BRASIL, 2015).

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