Comemorado nesta sexta-feira, 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial dá espaço para que números alarmantes sejam discutidos na saúde pública brasileira. Em torno de 30% dos adultos brasileiros têm pressão alta. Apenas metade dessa quantidade é diagnosticada e tratada corretamente. 

De acordo com o cardiologista Dr. Antônio Vitor de Moraes Júnior, Presidente da Regional Ribeirão Preto da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), a doença é silenciosa, podendo gerar um grande risco ao paciente. “A hipertensão é muito grave, porque promove lesões em vários sistemas, sendo fator de risco para infarto, Acidente Vascular Cerebral [AVC], aneurisma, insuficiências renal e cardíaca, além de cegueira”, explica o médico.

O especialista orienta que as pessoas comecem a realizar checkups periódicos para identificar a hipertensão, estratificar o risco e iniciar o tratamento o mais rapidamente possível, diminuindo risco de problemas mais graves no futuro. “O médico pode identificar, por exemplo, por meio da Monitorização Ambulatorial de Pressão Arterial [MAPA], a chamada hipertensão mascarada, em que há um pico em certo período do dia, mas que aferição de pressão no consultório se apresenta dentro dos limites da normalidade”.

Um paciente é considerado hipertenso quando sua pressão medida no consultório é maior ou igual a 14 por 9 mmHg, ou quando a média das medidas obtidas em casa é superior a 13,5 por 8,5 mmHg.

Segundo o Dr. José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Socesp, o melhor caminho para combater a hipertensão é a prevenção. “Devem-se eliminar os fatores de risco, como tabagismo, alimentação inadequada, obesidade, sedentarismo, colesterol e triglicérides elevados, excesso de consumo de sal e álcool, estresse e diabetes”, afirma o especialista.