Um dos pontos mais delicados do Plano Diretor, documento que dá as diretrizes para o crescimento de Ribeirão Preto, era o Aquífero Guarani. Segunda maior reserva de água do mundo, ela é responsável por todo abastecimento da cidade. Como nem sempre o consumo foi consciente, o reservatório está diminuindo e isso chamou atenção de ambientalistas e de parte da população.
Por isso desde 2016, quando a atualização do Plano Diretor de Ribeirão Preto começou a ser discutida, o aquífero tem uma atenção especial. Após audiências públicas e entrega do documento na Câmara Municipal, o prefeito Duarte Nogueira garantiu que o meio ambiente terá os cuidados necessários.
“Ribeirão Preto terá uma das melhores regras de desenvolvimento urbano, habitações de interesse social, mobilidade urbana, respeito aos recursos naturais e à preservação do Aquífero Guarani, com um dos melhores regramentos de desenvolvimento sustentável. Sem nenhum prejuízo da recarga do aquífero e com desenvolvimento social da Zona Leste”, disse.
A Prefeitura manteve no documento a reserva de pelo menos 35% das áreas públicas da Zona Leste para recomposição florestal, e informou ter criado oito artigos específicos, com 25 parágrafos, para questões sócioambientais. O Executivo ainda garantiu que tudo estará também na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.
O Plano Diretor da cidade é de 1995 e foi revisado em 2003. Neste ano ele foi apresentado à população e recebeu sugestões antes de ser atualizado e entregue ao Legislativo de Ribeirão Preto.