O ultramaratonista Arilson Silva, Ariman como é conhecido, participará de mais uma prova de corrida. Desta vez o desafio será de 24 horas, em Caieiras-SP, no dia 8 de fevereiro.

A terceira edição da Ultramaratona Brasil – Caieiras é internacional e acontecerá a partir das 8h na pista de atletismo do Estádio Municipal Carlos Ferracine. Além da corrida de 24h, a ultramaratona contará também com atletas correndo 12h, 100 km, 50 km.

“A competição de Caieiras é muito importante, porque os três primeiros colocados terão o direito de disputarem a prova Continental de 24h na Argentina, nos dias 16 e 17 maio. É uma prova muito relevante que reúne os melhores ultramaratonistas da América do Sul na modalidade 24h”, explica Ariman.

O atleta também está se preparando para provas no Uruguai – Sul-americano de 48hs; e no Mundial da Itália.

Ultramaratona é o termo usado para identificar corridas a pé com distância superior a 42.195 metros, que é a distância oficial da maratona. Outro critério da ultramaratona é o tempo. Existem provas de 6, 12, 24 ou 48 horas em circuito e pista de atletismo.

Outras modalidades de ultramaratona são provas com distâncias que variam de 50km a 1000km ou até 1000 milhas e provas de tempo que chegam a 7 dias de corrida.

Ariman

  • Recordista Mundial de 72h – 508 km em Brodowski-SP em 2017;
  • Campeão das 48h – 352 km em Passa Quatro-MG em 2017;
  • Campeão dos 100 km de Franca a Rifaina em 2018;
  • Vice-campeão Mundial de 48h – 335 km em Athenas na Grécia em 2019;
  • Campeão e Recordista Sul-americano das 48hs – 371 km em Thermas de Rio Hondo na Argentina em 2019, (terceira melhor marca das 48h no mundo);
  • Campeão das 24h Internacional Rio Ultra em 2019.

Essas são algumas das conquistas de Arilson Silva (Ariman), nos últimos 4 anos desde que deixou a dependência química e começou a correr.

“Me envolvi com as drogas na adolescência. Foram 32 anos desperdiçando minha vida, perdendo oportunidades e pessoas. A única pessoa que não se afastou de mim foi minha mãe”, comenta o ultramaratonista.

Depois de sofrer uma fratura no fêmur Arilson ficou um tempo sem as drogas, já que não conseguia sair da cama, porém voltou a usá-las assim que pode andar. “Até que um dia algo falou mais alto dentro de mim e decidi que precisava parar de usar drogas. Foi aí que descobri o esporte, comecei caminhando ainda mancando e depois a correr com dificuldade. A minha satisfação em correr foi tão grande que mudou minha vida. Troquei o vício em drogas pelo vício nas corridas. Isso me salvou”, declara.

Em 4 anos a evolução de Arilson como atleta foi fantástica, conheceu outras cidades e países participando de provas. Entre treinos e competições foram mais de 32 mil quilômetros.

Além disso, o recordista mundial conta a sua história para jovens e adultos em palestras motivacionais em escolas, empresas, entre outros. “Eu sinto a necessidade de mostrar para as pessoas que entrar nas drogas é muito fácil e sair delas é difícil, mas não é impossível. Eu consegui e quero que meu exemplo ajude outras pessoas que estão na mesma situação que eu estive e alerto especialmente os jovens a nunca experimentarem qualquer tipo de droga. As drogas destroem sonhos e famílias”, completa Arilson.