As mulheres representam 44% do mercado de trabalho, segundo dados do Ministério do Trabalho, mas ainda ganham 15% a menos que os homens. Segundo a coach Bia Nóbrega, não há consenso quanto aos motivos para salários diferentes. “A diferença salarial é explicada pelos homens estarem em maior quantidade em empregos mais bem remunerados e em setores mais lucrativos, mas como explicar homens e mulheres em posições idênticas, na mesma empresa, com qualificação e performance semelhante?” questiona.
Mesmo sendo algo extremamente incomodo e desmotivante, a remuneração ainda é algo pequeno comparado ao assédio moral e sexual que as mulheres enfrentam no ambiente de trabalho. “Qualquer situação de desconforto deve ser tratada, independente da amplitude”, recomenda Bia.
Muitas mulheres têm o desempenho afetado por discriminações e outras situações desagradáveis e desistem do ambiente corporativo. A recomendação de Bia é de sempre conversar francamente com o gestor sobre qualquer incomodo, como desigualdades no tratamento, por exemplo. “Mas como esta é uma conversa difícil, reúna fatos e dados, se conecte com seus sentimentos e identifique como gostaria de ser tratada”, explica.
