PF realiza 2ª fase de operação contra fraudes em financiamentos agrícolas

Turbocred investiga desvio de verbas públicas entre 2012 e 2015 em cinco estados; envolvidos podem ser condenados a até 12 anos de prisão

Cédulas de real (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Cédulas de real (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A segunda fase da Operação Turbocred, que combate o desvio de verbas públicas de financiamentos agrícolas, foi realizada nesta terça-feira (31) pela Polícia Federal. As fraudes aconteceram em cinco estados brasileiros de 2012 a 2015, em operações efetuadas no Banco do Brasil.

Policiais cumprem 39 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Goiás. As detenções estão sendo realizadas em residências de pessoas que pegaram empréstimos fraudulentos, funcionários e ex-funcionários do banco, e ‘laranjas’ das fraudes.

Aproximadamente 150 operações de financiamentos agrícolas foram analisadas, além outras modalidades de transações. Pelo menos 90% foram fraudadas.

A investigação encontrou diversas fraudes, como obtenção de financiamentos para custear atividade agrícola em imóvel próprio, mas usado em imóvel arrendado a terceiros; falsificação de carta de arrendamento para tomada de empréstimos visando custear atividade agrícola falsa e tomada de financiamentos seguidos para diversos empreendimentos agrícolas, sem capacidade financeira.

A Turbocred ainda aponta o pagamento de propina a funcionários do Banco do Brasil para a obtenção de financiamentos via contas-correntes em nome de ‘laranjas’.

Os investigados responderão por crimes de gestão fraudulenta e gestão temerária de instituição financeira, aplicação de recursos de financiamento em finalidade diversa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. As penas ficarão entre um e 12 anos de prisão.

A primeira fase da Turbocred foi realizada em março de 2016. Ela é um desdobramento da Operação Golden Boy, também da PF, que prendeu cinco pessoas em dezembro de 2015. Elas estavam em um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 35 milhões.

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