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Michele Teixeira – Life Coach e Psicóloga

Este mês nos apresenta a proposta de poder rever a história do suicídio, através da conversa, da desmistificação e apoio, para que esse cenário seja revertido.

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo Centro de Valorização a Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Um problema de saúde pública, ainda um tabu e que só faz mais vítimas: quase 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),e essa é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. 

Tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.

O suicídio está relacionado ao aumento do número de transtornos mentais na nossa sociedade, como a depressão, que, é a causa de 90% dos suicídios em todo mundo. Depressão é uma doença. É interessante ressaltar que não é “frescura”, “falta de coragem”, “falta de Deus”, “fraqueza”, ou qualquer outra coisa. Como tal, precisa de tratamento adequado.

Outro fator que contribui para o crescimento do suicídio é que na sociedade moderna há muito pouco espaço para o sofrimento e para o acolhimento de quem sofre. As exigências de felicidade, sucesso, riqueza nunca foram tão intensas.

É fato que o suicídio é um fenômeno complexo, de múltiplas determinações, mas saber reconhecer os sinais de alerta pode ser o primeiro e mais importante passo. Isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda. 

O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável. As pessoas que pensam ou tentam tirar a própria vida estão passando por  um grande sofrimento e a dor emocional se torna tão grande que o desejo de interrompê-la é maior do que qualquer dor física que uma tentativa de suicídio possa causar.

Falar sobre o assunto é sempre um desafio. Podemos começar justamente por não julgar ou banalizar o sofrimento do outro. O caminho é quebrar tabus, compartilhar informação e sempre abrir espaço para o diálogo. Esse diálogo deve ser em um lugar calmo, para que a pessoa sinta-se confortável, seja empático ao falar e escutar. Não interrompa, não compare com as suas dificuldades ou ofereça uma solução para todos os problemas, o importante é ouvir. Outro ponto muito importante é orientar sobre redes de apoio e, como e onde obter ajuda profissional médica e psicológica.

Fale sobre aquilo que lhe dói!

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