Michele Teixeira – Life Coach e Psicóloga

Crianças são normalmente muito ativas. Gostam de correr, pular, se divertir, fazer descobertas e principalmente, aprender coisas novas. Porém, nesse período de pandemia, os pequenos foram obrigados a permanecerem dentro de suas casas, o que acabou por não apenas tornar os dias mais tediosos, como em alguns casos, afetar a saúde física e mental delas.

E bem sabemos, meninos e meninas de hoje nascem muito mais acelerados e com bem menos paciência… O imediatismo e a ansiedade são características próprias dessa geração.

Mas, por estarem mais em casa, rotinas escolares diferenciadas e muitas vezes os pais, visando acalmar e distrair os filhos, deixam-nos o dia inteiro na companhia do celular, tablet, computador, televisão ou outros eletrônicos. Diante de tanta pressão e informações, ficam mais propensas a desenvolver transtornos de ansiedade.

A ansiedade infantil é um problema cada vez mais comum. Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), a ansiedade é uma resposta de estresse extremo do corpo.

São sintomas comuns do estado ansioso: tensão, sudorese, palpitação, inquietação, sensação de medo, apreensão, estado de alerta (sensação de que algo está para acontecer).

A ansiedade pode se manifestar em diversos níveis: neuroendócrino (hormônios e seus efeitos no organismo), visceral (funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão) e a consciência (esgotamento — um estado em que nossas reservas de recursos para a adaptação se acabam).

Para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada, a psicoterapia ajuda as crianças a:

– identificar formas negativas e inimigas de pensar;

– descobrir a relação entre aquilo que pensam, como se sentem e aquilo que fazem;

– perceber o que alimenta sua preocupação;

– compreender suas crenças, medos e receios;

– desenvolver novas competências para lidar com a ansiedade.

Nossos comportamentos são frutos de emoções, e quanto mais elas forem reconhecidas e compreendidas, mais teremos escolha sobre como nos comportar e como podemos solucionar problemas com menor sofrimento. Assim, a criança aumenta sua consciência e consegue perceber as outras alternativas que tem para lidar com uma situação.

Em alguns casos, faz-se necessária a combinação de psicoterapia e medicamentos.

Outra dica: os pais e/ou responsáveis devem elaborar com a criança um quadro com um conjunto de atividades para o dia a dia, com horários, tarefas e obrigações a serem executadas. Além disso, é fundamental inserir as crianças na rotina da casa, ensinando-as a desenvolver as tarefas e respeitando suas capacidades. Também se faz necessário um estilo de vida saudável: sentir-se bem com sua rotina, vivência religiosa, prática de esportes, brincadeiras e piqueniques em parques.

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