Michele Teixeira – Life Coach e Psicóloga

A pandemia causada pelo novo Coronavírus (COVID-19) tem sido uma experiência com consequências importantes em nossas vidas: adaptações de rotina escolar e trabalho, distanciamento social, insegurança financeira e maiores preocupações com a saúde física e mental. Em meio à mudança de vida que nos foi imposta, também precisamos lidar com algo bastante delicado: as perdas.

O luto é uma das vivencias mais intensas que vamos experimentar em nossa vida. É um processo de elaboração psíquica, que envolve uma transformação interna. Lembre-se que o luto não é algo a ser superado! Ele é um processo que necessita de tempo para a pessoa se adaptar.

A fases do luto são: Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Não são uma regra, afinal o luto sempre é um processo único e particular, vivido de maneira que nos é possível. Não é uma vivência em linha reta, ou seja, não existem fases pré-estabelecidas, pois se trata de uma nova forma de viver para aquele que perdeu algo ou alguém significativo.

Cabe lembrar que, apesar de existirem sinais comuns que indicam a vivência do luto, cada pessoa sente de uma forma e precisa do seu próprio tempo para lidar com suas emoções. Pois, diante da perda ou da ameaça iminente da morte, um turbilhão de sentimentos, emoções, e ações vem à tona. Bons e/ou ruins, todos juntos. Não é fácil lidar com isto. Mesmo sabendo que um dia a vida acaba não estamos preparados para perder alguém, por isso neste período é importante:

  • Aceitar a realidade da perda (por exemplo, participar dos rituais de despedida auxilia no processo de aceitação);
  • Reconhecer o sofrimento e permitir vivenciar esses sentimentos;
  • Se adaptar ao contexto de vida sem a presença daquele que perdemos (por exemplo, reorganizar a nova rotina);
  • Ter consigo as memórias (fotos, momentos alegres, histórias para seguir em frente)

O luto é um momento de pausa. Ainda pode haver momentos de saudade e até de tristeza. Mas estes sentimentos não nos causam mais a mesma dor.  Conseguimos desenvolver um respeito por si mesma e pelo processo pelo qual passamos. Encontra-se uma força que muitas vezes se esqueceu de que estava lá e consegue dar continuidade a vida.

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